A entrada da noiva, um dos pontos altos do grande dia, é marcado por uma tradição: o pai entrega a filha ao noivo, dando o consentimento à união matrimonial. Segundo Camila Relva, assessora da Compagnie, de São Paulo, o costume simboliza uma passagem. O pai, que sempre guiou a filha para o caminho da felicidade, a leva à sua mais nova família. “Ele entrega a filha para a família do noivo, que a recebe pelo lado esquerdo, o lado do coração”, complementa.
Entretanto, muitas mulheres preferem reinventar a tradição na hora da entrada, tendo como objetivo mostrar a importância que outras pessoas têm diante daquele momento. Então, pensa-se na inovação do cortejo e nas possibilidades de entrar com pai e mãe juntos, somente com a mãe, com o filho ou sozinha.
Há ainda aquelas para quem o cortejo vira um problema, pois se deparam com a situação de terem pais separados ou brigados, sogro falecido, madrasta querida (ou detestada). Portanto, a questão: o que fazer para ter um cortejo dos sonhos e, no altar, a presença de amigos e parentes queridos? Assessoras e cerimonialistas dão sugestões e ideias para as mais diversas – e comuns – situações.
Pai e mãe juntos na entrada
Por mais que o desejo de homenagear os dois seja grande, é preciso verificar a largura da nave, já que muitas igrejas não dispõem de espaço para a entrada de três pessoas. Uma vez tomada a decisão, é aconselhado que o pai do noivo – que acompanharia a mãe da noiva – entre pela sacristia, assim ele não precisa caminhar sozinho pela nave.Mas uma ressalva para as noivas mais detalhistas: “Fazendo a entrada dessa forma, provavelmente ninguém vai reparar no vestido da noiva, pois os pais vão esconder qualquer detalhe”, diz Camila Relva.
Os pais da noiva (ou do noivo) são separados, mas têm novos cônjuges
O casamento deve ser encarado pelos pais separados como um momento familiar muito importante. Por isso, as desavenças conjugais não devem ser levadas em conta no grande dia. Mônica Almeida, assessora da Alligare Wedding Planner, de São Paulo, chama atenção para a importância dos pais entenderem que são um casal parental, e não conjugal. “Eles devem fazer um esforço, caso não tenham um bom relacionamento, para o cortejo sair conforme a tradição. Afinal, eles só estarão juntos por cerca de 40 minutos”, salienta.
Madrastas e padrastos que se relacionam bem com os enteados podem entrar como convidados e ficarem no altar, junto com os demais entes queridos.
Já quem não faz questão de ter a madrasta ou padrasto no cortejo não precisa ficar incomodado com a situação, nem se sentir obrigado a fazê-lo. “Eles devem entender que ali é um momento dos noivos e suas famílias”, explica Márcia Possik, assessora da Marriages, de São Paulo.
O pai da noiva tem uma esposa, mas a mãe continua sozinha
Nesta situação, os noivos devem conduzir o cortejo conforme se sentirem à vontade. “É importante lembrar que ninguém é obrigado a nada. Casamento não tem regras, mas sim indicação do que é ideal”, afirma Márcia Possik.
Se os pais, mesmo separados, tiverem uma relação amigável, nada impede de a mãe e o pai ficar juntos ao altar. A assessora Camila Relva sugere que a noiva – caso tenha um bom relacionamento com a madrasta – convide-a para ser madrinha, ao lado do pai e da mãe, fazendo par com algum padrinho.
O pai da noiva é viúvo, mas o noivo tem pai e mãe
A noiva pode fazer um convite para uma mulher especial da família, como avó, irmã, prima, tia ou madrinha de batismo, para que o pai não fique sozinho no altar. Se isso não for considerado, também não há problema em ter o pai sozinho no altar. “Muitas preferem não colocar ninguém na posição, pois não desejam substituir o lugar da mãe”, explica Camila Relva.
A mãe da noiva é viúva, mas o noivo tem pai e mãe
Neste caso, a noiva deve escolher o que é melhor para ela: entrar sozinha ou ao lado da mãe. Já no altar, a mãe da noiva pode permanecer sozinha ou na companhia de um parente mais próximo.
A mãe da noiva se casou novamente e noivo só tem mãe
Caso o pai da noiva seja falecido, a noiva pode optar por entrar com o padrasto. Isso se tiver um relacionamento de afeto e respeito com ele. A segunda opção é entrar sozinha ou com algum parente próximo, como irmão ou tio. “Já o noivo faz a entrada com a mãe e, no altar, ela pode ficar sozinha”, aconselha a assessora Camila Relva.
A noiva quer entrar com o filho
Muitos casais já moram juntos e, mais tarde, ao decidir celebrar a união, optam pela entrada do filho com a mãe. A situação é mais do que favorável, pois simboliza o fruto gerado da relação de amor de ambos. É indicado que a mãe entre de mãos dadas com o filho. Se forem dois irmãos, um de cada lado, acompanhando a mãe. “A mulher que tem um filho bebê pode entrar com ele no colo e depois entregar para um parente de confiança”, sugere Márcia Possik.
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